quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

NEM PORRADA PÁRA MEU JORNALISMO

OS IGNORANTES E VIOLENTOS NÃO SABEM O QUE É JORNALISMO!


Mastrodontes, ignorantes e violentos, Renato de Souza dono da Soterra Terraplanagem, seu filho Eloy de Souza e o operário Claudio Roberto de Carvalho se juntaram para tentar impedir, na manhã de terça-feira dia 18, que eu fizesse o meu trabalho de jornalista acompanhando os funcionários da Sucen pulverizando residências do bairro Santa Cândida no combate à dengue. Eles arrancaram a máquina fotográfica da minha mão, me agrediram com socos e pontapés e me ameaçaram com uma barra de ferro. Como os ignorantes são incapazes de entender o trabalho jornalístico, quando ‘acham’ (ignorante acha, não pensa, nem entende) que estão sendo prejudicados, mostram o que são de verdade por dentro da imagem de ser humano.
São seres que conseguiram apenas se por de pé. Avançaram do estágio de rastejantes e quadrúpedes apenas no corpo mão não no cérebro. Assim, desprovidos de massa cinzenta e muito bem providos de massa muscular eles não tem o menor escrúpulo em usar a força para tentar impor sua vontade, seja ela qual for. Bastou ver a máquina fotográfica apontada para o interior da empresa onde estavam os funcionários da Sucen para fazer a pulverização e por acreditarem que a divulgação daquela imagem os prejudicaria de alguma forma, partiram para uma covarde e humilhante agressão (tres contra um) a este franzino e idoso jornalista. Na tentativa de fugir dos agressores fui derrubado, e caído ao chão, fui agredido de maneira selvagem por Eloy de Souza estimulado pelos gritos do pai: “Isso mesmo. Dá nele. É isso que esse safado merece”.
Os socos e chutes só pararam quando o agressor percebeu que se continuasse, sua vítima poderia mesmo sucumbir. Isto tudo em plena via pública e diante de olhos complacentes de outros operários da firma e dos próprios funcionários da Prefeitura e da Sucen. Ninguém ousou sequer esboçar reação no sentido de evitar a ignóbil ação daqueles três pseudo-homens. Por fim, não bastando os socos e pontapés, o mais forte dos três decidiu juntar à sua força uma barra de ferro e avançou em minha direção. Pensei que não escaparia daquela saga animal, mas meu corpo franzino e meu razoável preparo físico possibilitaram uma desabalada corrida que não pode ser acompanhada pelo mastrodonte.
Num breve intervalo da fúria consegui chegar até meu carro estacionado próximo ao galpão da empresa e saí dali rapidamente em busca de ajuda.
Voltei ao local algum tempo depois acompanhado de uma equipe da Policia Militar. Um dos PMs declarou detidos os três agressores e exigiu que eles o acompanhassem até o 4º. DP. Antes os fizeram devolver a máquina fotográfica, que foi entregue toda danificada e sem o cartão de memória. Não bastando a violenta agressão eles apelaram ainda para a má fé, escondendo o cartão de memória, para evitar a publicação de possíveis fotos desabonadoras à empresa. Descobertos na tentativa não tiveram outra saída que não fosse devolver o cartão. Daí então todos seguimos par o distrito policial mais próximo.
O RDO – Registro Digital de Ocorrências, recebeu o número 900003/2011 onde os três agressores constam como indiciados e com o qual o Departamento Jurídico do Jornal Alto Taquaral dará sequência ao processo, no sentido de levá-los a juízo para que sejam responsabilizados por todos os danos.
Jornalismo X Violência
Hoje, dois dias após, o corpo ainda sente dores resultantes das pancadas. Não podia ser diferente diante da forma covarde como se deu a agressão. Mas acima de tudo há a satisfação do dever e do compromisso firmado em juramento ao final do curso superior de jornalismo cumpridos. Há aqui uma bela lição para os jovens que sonham com a carreira jornalística. Isto não é ficção. Acontece mesmo. Principalmente com os profissionais que se assumem verdadeiramente como tal. Na minha carreira profissional este tipo de reação ignorante e violento ao meu trabalho não é a primeira e por certo não será última vez que acontece.
Que reações mais ignorantes e mais violentas podem vir, estou tranquilamente ciente. É a única maneira que eles encontram para calar a voz da verdade. Do contrário ela não se cala, não por prazer, mas pelo compromisso já citado aqui e porque também os ignorantes vão continuar errando (talvez até, levados pela própria ignorância, acreditando estarem acertando) e assim continuarão sendo denunciados. E assim será quantas vezes forem descobertos, até que aprendam como fazia Pavlov com seu ‘reflexo condicionado’.
Apesar de tudo basta saber que o jornalismo venceu mais uma vez a ignorância e a violência. Eles tomaram a câmera digital, deram socos e pontapés e vibraram barra de ferro para impedir a foto. Não adiantou nada. Ela está aqui, nua e crua como foi feita de fora da empresa com a ajuda de um potente zoom de 20x, coisa da tecnologia que muitos ignorantes ainda desconhecem . Ela mostra os funcionários da Sucen se preparando para pulverizar o galpão da SóTerra Terraplanegem. Nada além disso. Para os ignorantes porém ela poderia mostrar muito mais, se o fotógrafo quisesse o que é impossível se o muito mais não existir. Mas talvez exista mesmo e por isso o medo deles. Afinal por que haveriam de estar lá os funcionários da Sucen com seus pulverizadores se o local não fosse, ao menos, suspeito de conter criadouros do mosquito da dengue? Se há ou não, não ficamos sabendo. A foto está aí, independente da violência e agressão. O leitor que tire suas conclusões. Por que a Sucem foi pulverizar o barracão da Só Terra?
Eu, aqui com meus botões e dores, vendo a foto publicada, racho de rir dos ignorantes. Pobres coitados.
O Jornalismo venceu mais uma. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk