Tem gente que pensa ser fácil fazer jornal/livro/revista/caderno especial. Pensar é fácil. Fazer é outra coisa. Senão vejamos:
O “Correião”, jornal Correio Popular de Campinas/SP e tradicional
publicação da RAC – Rede Anhanguera de Comunicação, brindou hoje seus
leitores com um “caderno especial” intitulado “Fórum Campinas + 21” que,
antes de ser impresso e encartado para o público, não deve ter passado
pelas mãos de profissionais com conhecimento de edição.
Neste sentido, o tablóide de 16 páginas, apesar de impresso sobre papel
off-set, chega a ser uma agressão aos olhos de quem entende minimamente
da arte de editar. A começar pelo arranjo gráfico dos elementos na capa é
possível deduzir que o trabalho de planejamento gráfico, edição e
diagramação definitivamente inexistiu.
O trato das fotos também merece ser observado. Só um editor sem
competência, ou totalmente avesso à fotografada, seria capaz de editar
foto de uma ministra de estado em tal situação. Na imagem, a ministra
Maria do Rosário aparece olhando ninguém sabe para onde e com o rosto
deformado pelo movimento de fala da boca. A legenda é um primor:
“Ministra Maria do Rosário em palestra no Campinas +21, no Royal Palm
Plaza Resort”. Mais óbvia impossível. As duas outras fotos da capa não
foram legendadas, nem com texto óbvio.
A página dois recebeu um anúncio oficial da Prefeitura de Jaguariúna o
que demonstra de onde saiu, pelo menos parte dos recursos, para a
pseudo publicação.
Na página três um título que pretende dizer muito mas que, sem aspas e
identificação do autor, acaba não dizendo nada: O amanhã só existirá, se
agirmos hoje – O título está assim mesmo, sem ponto final, contrariando
a regra que determina uso de ponto final em título quando ele
apresentar qualquer outra pontuação, como no caso deste que tem a
vírgula (que até certo ponto seria desnecessária). Duas fotos maiores e
sem legendas se sobrepõem abaixo do título e ao lado de uma coluna de
texto. A primeira, em tamanho um pouco maior é a mesma de uma de capa.
Curiosamente nela aprece em meio ao público mas facilmente identificável
o presidente do grupo RAC Sylvino Godoy e que vai aparecer em mesmo
número de fotos na publicação que o atual prefeito indireto de Campinas,
Pedro Serafim.
Ainda nesta importante página três, o “editor” decidiu colocar uma foto
do presidente do Instituo Sustentar (com a sempre óbvia legenda) acima
de uma outra coluna de texto mais à esquerda da página. Com isto o pobre
leitor não fica sabendo onde começa o texto da página; se é um só ou
dois. A editoração dispensou os espaços de recuo de parágrafos o que
também pode ser considerado no mínimo inadequado em texto com
alinhamento blocado como neste caso.
E, por fim, no pé da preciosa página três, os responsáveis pelo
pastelucho impresso decidiram publicar o “EXPEDIENTE” que apesar de
também ser fundamental numa publicação séria pela importância das
informações que deve apresentar, foi organizado com total desleixo e
desrespeito ao leitor. Diz lá apenas - Realização: Fórum Campinas+21 (o
que isto quer efetivamente dizer afinal?) – Segue uma lista de nomes
identificados como colaboradores que não vou expor aqui (provavelmente
para isentá-los de responsabilidade sobre o pastelhucho) – Fotos:
Martins (quem será esse tal Martins que fez tais fotos, provavelmente
assim identificado para isentar-se também da responsabilidade pela
qualidade, no mínimo discutível) – Distribuição: encarte Jornal correio
Popular – Circulação: Campinas e Região – www.sustentar.com.br –
comunicação@institutosustentar.com.br
Na página 4 sob o chapéu “Campinas” há o título: Choque de gestão e
plano de transparência, seguido da linha fina: Pedro Serafim, Prefeito
de Campinas fala da importância da Sustentabilidade em sua gestão. A
foto, mais uma fez sem legenda (nem a óbvia) foi colocada no início do
texto, prejudicando o leitor para identificar onde é na verdade o começo
dele. O texto aqui foi editorado também em arranjo blocado mas com
recuo para parágrafos exageradamente grandes e usado até indevidamente
onde não havia abertura de parágrafo.
Na página cinco, o título teve suas duas linhas prensada ficando
praticamente sem entrelinhamento. Teria sido em função da enorme
quantidade de texto da página ou para privilegiar as duas fotos de
dirigentes da Anhanguera Educacional que ninguém sabe por que estão ali.
E as legendas, ah as legendas, aqui aparecem em fontes diferentes n a
mesma página e lógico óbvias.
Na página seis a ministra volta a ser o foco e colocaram logo duas
grandes fotos dela na mesma página. Deve ser porque afinal ela é
ministra. Uma das fotos inclusive recebeu a legenda óbvia. A outra ficou
sem legenda. Como uma está ao lado da outra por certo o editor entendeu
que não precisa repetir duas vezes o nome da ministra em duas foto na
mesma página. Se ia mesmo legendar assim, decidiu acertamente. A foto
maior, que deve ter sido produzida pelo tal Martins identificado no
expediente como autor delas, tem mais parede do que ministra, mas isto
deve ser um detalhe da capacidade de criação do autor.
Os títulos voltam a não dizer nada e arranjados de forma assimétrica e
prenssados. As colunas de texto foram formatadas com entrelihamento
irregular causando um desconforto muito grande para quem pretende fazer a
leitura.
Na página sete aparece outra grande foto editada sobre o início do texto
prejudicando o início da leitura. A legenda desta merece destaque,
aliás foi isto que o editor lhe deu pois foi composta em corpo(tamanho
do tipo/letra) muito maior do que a utilizada no texto. E seu conteúdo é
enriquecedor: “ Fernando Garnero em discurso no Campinas+21”. Os
blocos de texto estão novamente com entrelinhamento variado, ora
apertado, ora alargado. E no final do texto há um parágrafo de texto,
pós asterisco, servindo para identificar o autor do texto apesar de não
haver nenhuma assinatura com asterisco no alto da página como indicativo
de texto assinado.
Nas páginas centrais, a oito e nove, o editor resolveu apresentar um
festival de fotos e de legendas óbvias com tamanhos e fontes das mais
diversas. Na abertura da página oito a foto de capa que também apareceu
na página três, voltou a ser editada ainda maior sobre a seguinte
legenda: “Casa cheia e todas as lideranças da RMC presentes nos dois
dias de Fórum”. Nos meus quase 40 anos de jornalismo nunca me deparei
com legenda tão criativa para uma foto que mostra mais o teto do local
do que as pessoas presentes. Detalhe: Sylvino Godoy presidente da RAC,
que deve ter feito a impressão e fez a distribuição do pastelucho está
lá.
O descalabro editorial segue página após página. Vou livrar os leitores
de repetições. Vou apenas fazer uma ressalva para a página nove, nela
tem uma foto, novamente editada sobre a abertura do texto que deve ser
aquelas brincadeiras do editor tipo: descubra o que é a foto e ganhe um
brinde. Tente...
E por fim, fim mesmo, tem um anúncio da Unimed Campinas na página 16 e
última do “pastelucho”. Fico imaginando a cara do comandante da Agência
M51, Orlando Martins, responsável pela conta da Unimed Campinas ao ver
onde ele “enfiou” seu cliente.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
sexta-feira, 23 de março de 2012
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
JORNALISMO VESGO - EDIÇÃO É COISA SÉRIA
PRODUZIDO DE VIÉS POR INCOMPETENCIA OU MÁ FÉ
Domingo dia 12 de fevereiro de 2102.
Como sempre acontece quando o carnaval se aproxima, em várias cidades do país, blocos dos mais variados desfilam pelas ruas. Em Campinas também. E pelo menos dois marcaram presenças em bairros distintos: o "Bloco Nem Sangue Nem Areia" no bairro operário da Vila Industrial e o "Bloco do Bob (o cão)" no elitizado Cambuí.
O "Nem Sangue Nem Areia" foi criado em 1946 por um racha na direção do "Bloco do Boi" que surgiu em 1905 e nos anos 60 deixou de desfilar para tristeza dos moradores, a maioria operários, da Vila Industrial. Em 2009, um grupo de jornalistas e músicos de Campinas decidiram recriar o bloco nos moldes daquele: fazer alegria com muita música e fantasia na tarde de domingo que antecede o carnaval. Em sua quarta edição levou às ruas da Vila uma homenagem ao artista plástico local Thomaz Perina incluindo Comissão de frente de batas com obras im pressas em batik. Cultura pura e copisa rrara de se ver, mesmo em Campinas, considerada berço de cultura.
O "Bloco do Bob", surgiu há dois anos quando um grupo de taxistas adotou um cãozinho que apareceu na praço próxima ao ponto e acabou virando notícia. O bloco, como prório nome diz, congrega donos de cães, a maioria de raça refinada.
Os dois grupos dividem a tarde de domingo. Por acontecimento local, os dois deviam merecer a atenção da midia local também.
Assim foi, mas com o viés do título acima.
O jornal Correio Popular, o principal veículo impresso da cidade circula na segunda-feira com uma edição muito pequena (poucas páginas). Numa delas o jornal mostra sua cobertura carnavalesca do dia de domingo: "Foliões ignoram a chuva e tomam ruas - Nem Sangue Nem Areia homenageia Thomaz Perina e o Bloco do Bob leva cães para o carnaval"
Parafraseando o puxador de som Elder Bittencourt do "Nem Sangue Nem Areia" que gritava "alegria é coisa séria" para animar quem estava na rua junto com o bloco, podemos dizer que edição jornalística também é coisa séria e muito séria.
Vai daí que o jornal coloca sob a manchete (apontada um parágrafo acima) da página A9, três fotos: uma (a maior) do Bloco do Bob; ao lado desta, outra, de menor tamanho mostra 4 homens lavando um túnel, apesar da legenda explicitar: "Ao menos 70 homens foram mobilizados para a llimpeza do túnel". Assim não se pode deixar de perguntar: "não é pouco homem na foto para tanto na legenda, e por que uma foto de limpeza de túnel em matéria sobre os blocos?"
E segue os bloco, melhor a matéria muito mal editada.
A foto da limpeza do túnel, se depreeende com dificuldade, está relacionada ao texto logo abaixo dela. Mas um traço estilo "meia cana" na linguagem gráfica separa a foto do texto e portanto uma coisa da outra. Ou seja o traço não deveria existir para existir a ligação da foto com o texto. Isto é básico em edição. Mas quam sabe lá o que é básico?...
E segue os bloco, melhor a matéria muito mal editada.
O texto da matéria, assinado por Bruna Mozer e Gláucia Santinello destina seis parágrafos iniciais para falar sobre o "Nem Sangue...". Aqui o editor acertou pois a linha fina da manchete privilegia oeste bloco e não do do Bob, mas enfia os pés pelas mãos ao inserir entre o primeiro e segundo parágrafo o seguinte 'olho': "Bateria da Portela estréia com show em bar de Campinas". Ora, por que no início do texto se o que se refere ao olho só aparece nos dois últimos e pequenos parágrafos? Que viés é este? De incompetêncica ou de jabá? (jabá= algo que o jornalista recebe para publicar algo sobre alguem).
E segue os bloco, melhor a matéria muito mal editada.
E mais uma enfiada de pés pelas mão do editor insere incorretamente outro olho "Thomaz Perina lamentava que as tradições estavam se perdendo - Carlos Parada - Dir. do Instituto Thomaz Perina e sobrinho do artista" no meio do texto que fala sobre o Bloco do Bob.
Então, se o texto inicia com 6 parágrafos sobre o "Nem Sangue...", segue com 4 parágrafos sobre o "Bloco do Bob" e termina com 2 sobre o "Boteco São Bento" e ainda mostra um grande olho sobre o "Nem Sangue..." por que na matéria só tem foto do bloco do cão, do boteco e do túnel e não tem foto do "Nem Sangue..."? simples: o o editor não sabe nada de edição ou o viés foi de incompetência, má fé, ou interesse comercial...
Bem, tudo isto sob os olhos atentos de quatro editores; Adriana Villar, Claudio Liza Junior, Jorge Massarolo e Ricardo Alécio ou seja nesta minguada edição de segunda-feira são apenas 7 páginas para 4 editores...
Como gritava eleder Bittencourt no "Nem Sanguem..." alegria é coisa séria eu grito aqui: edição é coisa séria!
Domingo dia 12 de fevereiro de 2102.
Como sempre acontece quando o carnaval se aproxima, em várias cidades do país, blocos dos mais variados desfilam pelas ruas. Em Campinas também. E pelo menos dois marcaram presenças em bairros distintos: o "Bloco Nem Sangue Nem Areia" no bairro operário da Vila Industrial e o "Bloco do Bob (o cão)" no elitizado Cambuí.
O "Nem Sangue Nem Areia" foi criado em 1946 por um racha na direção do "Bloco do Boi" que surgiu em 1905 e nos anos 60 deixou de desfilar para tristeza dos moradores, a maioria operários, da Vila Industrial. Em 2009, um grupo de jornalistas e músicos de Campinas decidiram recriar o bloco nos moldes daquele: fazer alegria com muita música e fantasia na tarde de domingo que antecede o carnaval. Em sua quarta edição levou às ruas da Vila uma homenagem ao artista plástico local Thomaz Perina incluindo Comissão de frente de batas com obras im pressas em batik. Cultura pura e copisa rrara de se ver, mesmo em Campinas, considerada berço de cultura.
O "Bloco do Bob", surgiu há dois anos quando um grupo de taxistas adotou um cãozinho que apareceu na praço próxima ao ponto e acabou virando notícia. O bloco, como prório nome diz, congrega donos de cães, a maioria de raça refinada.
Os dois grupos dividem a tarde de domingo. Por acontecimento local, os dois deviam merecer a atenção da midia local também.
Assim foi, mas com o viés do título acima.
O jornal Correio Popular, o principal veículo impresso da cidade circula na segunda-feira com uma edição muito pequena (poucas páginas). Numa delas o jornal mostra sua cobertura carnavalesca do dia de domingo: "Foliões ignoram a chuva e tomam ruas - Nem Sangue Nem Areia homenageia Thomaz Perina e o Bloco do Bob leva cães para o carnaval"
Parafraseando o puxador de som Elder Bittencourt do "Nem Sangue Nem Areia" que gritava "alegria é coisa séria" para animar quem estava na rua junto com o bloco, podemos dizer que edição jornalística também é coisa séria e muito séria.
Vai daí que o jornal coloca sob a manchete (apontada um parágrafo acima) da página A9, três fotos: uma (a maior) do Bloco do Bob; ao lado desta, outra, de menor tamanho mostra 4 homens lavando um túnel, apesar da legenda explicitar: "Ao menos 70 homens foram mobilizados para a llimpeza do túnel". Assim não se pode deixar de perguntar: "não é pouco homem na foto para tanto na legenda, e por que uma foto de limpeza de túnel em matéria sobre os blocos?"
E segue os bloco, melhor a matéria muito mal editada.
A foto da limpeza do túnel, se depreeende com dificuldade, está relacionada ao texto logo abaixo dela. Mas um traço estilo "meia cana" na linguagem gráfica separa a foto do texto e portanto uma coisa da outra. Ou seja o traço não deveria existir para existir a ligação da foto com o texto. Isto é básico em edição. Mas quam sabe lá o que é básico?...
E segue os bloco, melhor a matéria muito mal editada.
O texto da matéria, assinado por Bruna Mozer e Gláucia Santinello destina seis parágrafos iniciais para falar sobre o "Nem Sangue...". Aqui o editor acertou pois a linha fina da manchete privilegia oeste bloco e não do do Bob, mas enfia os pés pelas mãos ao inserir entre o primeiro e segundo parágrafo o seguinte 'olho': "Bateria da Portela estréia com show em bar de Campinas". Ora, por que no início do texto se o que se refere ao olho só aparece nos dois últimos e pequenos parágrafos? Que viés é este? De incompetêncica ou de jabá? (jabá= algo que o jornalista recebe para publicar algo sobre alguem).
E segue os bloco, melhor a matéria muito mal editada.
E mais uma enfiada de pés pelas mão do editor insere incorretamente outro olho "Thomaz Perina lamentava que as tradições estavam se perdendo - Carlos Parada - Dir. do Instituto Thomaz Perina e sobrinho do artista" no meio do texto que fala sobre o Bloco do Bob.
Então, se o texto inicia com 6 parágrafos sobre o "Nem Sangue...", segue com 4 parágrafos sobre o "Bloco do Bob" e termina com 2 sobre o "Boteco São Bento" e ainda mostra um grande olho sobre o "Nem Sangue..." por que na matéria só tem foto do bloco do cão, do boteco e do túnel e não tem foto do "Nem Sangue..."? simples: o o editor não sabe nada de edição ou o viés foi de incompetência, má fé, ou interesse comercial...
Bem, tudo isto sob os olhos atentos de quatro editores; Adriana Villar, Claudio Liza Junior, Jorge Massarolo e Ricardo Alécio ou seja nesta minguada edição de segunda-feira são apenas 7 páginas para 4 editores...
Como gritava eleder Bittencourt no "Nem Sanguem..." alegria é coisa séria eu grito aqui: edição é coisa séria!
domingo, 22 de janeiro de 2012
JORNALISMO NÃO É MARKETING
QUANDO A ASSESSORIA DE IMPRENSA DEIXA DE FAZER JORNALISMO PARA MARKETEAR
O jornalista Ricardo Alécio, que ainda assina a coluna "Xeque-Mate", do jornal Correio Popular de Campinas/SP, na edição de hoje, atribui à sua colega também jornalista e diretora de Comunicação da Prefeitura, Monica Monteiro, a responsabilidade por ação de marketing.
A informação está em nota com dois tópicos com os títulos "Olho..." e "...no marketing" respectivamente onde ele diz que a jornalista "...deu o pontapé inicial a um projeto que tem como objetivo valorizar a imagem do prefeito Pedro Serafim usando notas em colunas sociais de jornais, revistas e internet..."
De pronto sou obrigado a me posicionar radicalmente contra qualquer jornalista que busque com seu trabalho apenas a valorização da imagem de quem quer que seja. Como está no título: Jornalismo não é marketing.
Não vou entrar no mérito da veracidade da nota, até porque em coluna o titular escreve o que quer. E ainda que a jornalista Monica Monteiro a desminta, vai ficar o dito pelo não dito. Sendo assim, verdade ou mentira do colunista, não importa muito. O que importa é a conceituação atribuida ao trabalho da jornalista da Prefeitura explicitada na titulação das notas.
Dizer que a jornalista está de "Olho...no marketing" é o mesmo (pelo menos para mim - e olha que lá vai quase 40 anos de jornalismo) que dizer que ela não está fazendo jornalismo e sim marketing. Não faz muito tempo, chamar um jornalista de "marketeiro" era coisa para briga feia.
Há uma verdade aí que não pode ser negada. Já faz também algum tempo que os jornalista que atuam em assessoria de imprensa se acharam no direito de defender com unhas e dentes (quando não outras armas) o seu assessorado muitas vezes, inclusive, sem saber se ele está certo ou errado e em algumas muitas mesmo estando ele errado.
Nos órgãos públicos então esta postura se disseminou aos quatro quantos de todos os poderes em todas as esferas. E quanto mais poderoso o assessorado, mais poderoso porta-voz e defensor se faz o assessor.
O problema é que Monica Monteiro, ou fosse lá quem fosse, não tem muita alternativa diante do abacaxi que decidiu aceitar descascar. Pedro Serafim mal é prefeito, pelas próprias circunstâncias em que chegou ao cargo e, por isso mesmo, não pode fazer muito. É aí que entra o assessor de imprensa jornalista ou marketeiro. Se jornalista, não vai divulgar nada, pois o prefeito não está fazendo nada. Se jornalista/marketeiro vai tentar melhorar a imagem do chefe. E aí, vai se afundar junto comm ele...
Ivy Lee, o pai das relações públicas, era jornalista e foi o primeiro a brir um escritório de relações públicas em Nova Yorque e teve como um dos clientes John Rockefeller Jr, dono da Colorado Fuel an Iron Co.
Seu lema era: "O POVO DEVE SER INFORMADO" e seu princípios:
“Este não é um Departamento de Imprensa secreto. Todo nosso trabalho é feito às claras. Pretendemos divulgar notícias, e não distribuir anúncios. Se acharem que o nosso assunto ficaria melhor como matéria paga, não o publiquem. Nossa informação é exata. Maiores pormenores sobre qualquer questão serão dados prontamente e qualquer redator interessado será auxiliado, com o máximo prazer, na verificação direta de qualquer declaração de fato. Em resumo, nossos planos, com absoluta franqueza, para o bem das empresas e das instituições públicas, é divulgar à imprensa e ao público dos Estados Unidos, pronta e exatamente informações relativas a assuntos com valor e interesse para o público”
Em suma, se a assessoria de imprensa da prefeitura levar em consideração o lema e os princípios de Ivy Lee, talvez não seja necessário "um projeto que tem como objetivo valorizar a imagem do prefeito" e que permita ser chamado de marketeiro por quem quer que seja.
O PÚBLICO QUER SER INFORMADO!
ABRA AS PORTAS AOS JORNALISTAS!
O jornalista Ricardo Alécio, que ainda assina a coluna "Xeque-Mate", do jornal Correio Popular de Campinas/SP, na edição de hoje, atribui à sua colega também jornalista e diretora de Comunicação da Prefeitura, Monica Monteiro, a responsabilidade por ação de marketing.
A informação está em nota com dois tópicos com os títulos "Olho..." e "...no marketing" respectivamente onde ele diz que a jornalista "...deu o pontapé inicial a um projeto que tem como objetivo valorizar a imagem do prefeito Pedro Serafim usando notas em colunas sociais de jornais, revistas e internet..."
De pronto sou obrigado a me posicionar radicalmente contra qualquer jornalista que busque com seu trabalho apenas a valorização da imagem de quem quer que seja. Como está no título: Jornalismo não é marketing.
Não vou entrar no mérito da veracidade da nota, até porque em coluna o titular escreve o que quer. E ainda que a jornalista Monica Monteiro a desminta, vai ficar o dito pelo não dito. Sendo assim, verdade ou mentira do colunista, não importa muito. O que importa é a conceituação atribuida ao trabalho da jornalista da Prefeitura explicitada na titulação das notas.
Dizer que a jornalista está de "Olho...no marketing" é o mesmo (pelo menos para mim - e olha que lá vai quase 40 anos de jornalismo) que dizer que ela não está fazendo jornalismo e sim marketing. Não faz muito tempo, chamar um jornalista de "marketeiro" era coisa para briga feia.
Há uma verdade aí que não pode ser negada. Já faz também algum tempo que os jornalista que atuam em assessoria de imprensa se acharam no direito de defender com unhas e dentes (quando não outras armas) o seu assessorado muitas vezes, inclusive, sem saber se ele está certo ou errado e em algumas muitas mesmo estando ele errado.
Nos órgãos públicos então esta postura se disseminou aos quatro quantos de todos os poderes em todas as esferas. E quanto mais poderoso o assessorado, mais poderoso porta-voz e defensor se faz o assessor.
O problema é que Monica Monteiro, ou fosse lá quem fosse, não tem muita alternativa diante do abacaxi que decidiu aceitar descascar. Pedro Serafim mal é prefeito, pelas próprias circunstâncias em que chegou ao cargo e, por isso mesmo, não pode fazer muito. É aí que entra o assessor de imprensa jornalista ou marketeiro. Se jornalista, não vai divulgar nada, pois o prefeito não está fazendo nada. Se jornalista/marketeiro vai tentar melhorar a imagem do chefe. E aí, vai se afundar junto comm ele...
Ivy Lee, o pai das relações públicas, era jornalista e foi o primeiro a brir um escritório de relações públicas em Nova Yorque e teve como um dos clientes John Rockefeller Jr, dono da Colorado Fuel an Iron Co.
Seu lema era: "O POVO DEVE SER INFORMADO" e seu princípios:
“Este não é um Departamento de Imprensa secreto. Todo nosso trabalho é feito às claras. Pretendemos divulgar notícias, e não distribuir anúncios. Se acharem que o nosso assunto ficaria melhor como matéria paga, não o publiquem. Nossa informação é exata. Maiores pormenores sobre qualquer questão serão dados prontamente e qualquer redator interessado será auxiliado, com o máximo prazer, na verificação direta de qualquer declaração de fato. Em resumo, nossos planos, com absoluta franqueza, para o bem das empresas e das instituições públicas, é divulgar à imprensa e ao público dos Estados Unidos, pronta e exatamente informações relativas a assuntos com valor e interesse para o público”
Em suma, se a assessoria de imprensa da prefeitura levar em consideração o lema e os princípios de Ivy Lee, talvez não seja necessário "um projeto que tem como objetivo valorizar a imagem do prefeito" e que permita ser chamado de marketeiro por quem quer que seja.
O PÚBLICO QUER SER INFORMADO!
ABRA AS PORTAS AOS JORNALISTAS!
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