segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

JORNALISMO VESGO - EDIÇÃO É COISA SÉRIA

PRODUZIDO DE VIÉS POR INCOMPETENCIA OU MÁ FÉ

Domingo dia 12 de fevereiro de 2102.
Como sempre acontece quando o carnaval se aproxima, em várias cidades do país, blocos dos mais variados desfilam pelas ruas. Em Campinas também. E pelo menos dois marcaram presenças em bairros distintos: o "Bloco Nem Sangue Nem Areia" no bairro operário da Vila Industrial e o "Bloco do Bob (o cão)" no elitizado Cambuí.

O "Nem Sangue Nem Areia" foi criado em 1946 por um racha na direção do "Bloco do Boi" que surgiu em 1905 e nos anos 60 deixou de desfilar para tristeza dos moradores, a maioria operários, da Vila Industrial. Em 2009, um grupo de jornalistas e músicos de Campinas decidiram recriar o bloco nos moldes daquele: fazer alegria com muita música e fantasia na tarde de domingo que antecede o carnaval. Em sua quarta edição levou às ruas da Vila uma homenagem ao artista plástico local Thomaz Perina incluindo Comissão de frente de batas com obras im pressas em batik. Cultura pura e copisa rrara de se ver, mesmo em Campinas, considerada berço de cultura.

O "Bloco do Bob", surgiu há dois anos quando um grupo de taxistas adotou um cãozinho que apareceu na praço próxima ao ponto e acabou virando notícia. O bloco, como prório nome diz, congrega donos de cães, a maioria de raça refinada.

Os dois grupos dividem a tarde de domingo. Por acontecimento local, os dois deviam merecer a atenção da midia local também.

Assim foi, mas com o viés do título acima.

O jornal Correio Popular, o principal veículo impresso da cidade circula na segunda-feira com uma edição muito pequena (poucas páginas). Numa delas o jornal mostra sua cobertura carnavalesca do dia de domingo: "Foliões ignoram a chuva e tomam ruas - Nem Sangue Nem Areia homenageia Thomaz Perina e o Bloco do Bob leva cães para o carnaval"

Parafraseando o puxador de som Elder Bittencourt do "Nem Sangue Nem Areia" que gritava "alegria é coisa séria" para animar quem estava na rua junto com o bloco, podemos dizer que edição jornalística também é coisa séria e muito séria.

Vai daí que o jornal coloca sob a manchete (apontada um parágrafo acima) da página A9, três fotos: uma (a maior) do Bloco do Bob; ao lado desta, outra, de menor tamanho mostra 4 homens lavando um túnel, apesar da legenda explicitar: "Ao menos 70 homens foram mobilizados para a llimpeza do túnel". Assim não se pode deixar de perguntar: "não é pouco homem na foto para tanto na legenda, e por que uma foto de limpeza de túnel em matéria sobre os blocos?"

E segue os bloco, melhor a matéria muito mal editada.
A foto da limpeza do túnel, se depreeende com dificuldade, está relacionada ao texto logo abaixo dela. Mas um traço estilo "meia cana" na linguagem gráfica separa a foto do texto e portanto uma coisa da outra. Ou seja o traço não deveria existir para existir a ligação da foto com o texto. Isto é básico em edição. Mas quam sabe lá o que é básico?...

E segue os bloco, melhor a matéria muito mal editada.
O texto da matéria, assinado por Bruna Mozer e Gláucia Santinello destina seis parágrafos iniciais para falar sobre o "Nem Sangue...". Aqui o editor acertou pois a linha fina da manchete privilegia oeste bloco e não do do Bob, mas enfia os pés pelas mãos ao inserir entre o primeiro e segundo parágrafo o seguinte 'olho': "Bateria da Portela estréia com show em bar de Campinas". Ora, por que no início do texto se o que se refere ao olho só aparece nos dois últimos e pequenos parágrafos? Que viés é este? De incompetêncica ou de jabá? (jabá= algo que o jornalista recebe para publicar algo sobre alguem).

E segue os bloco, melhor a matéria muito mal editada.
E mais uma enfiada de pés pelas mão do editor insere incorretamente outro olho "Thomaz Perina lamentava que as tradições estavam se perdendo - Carlos Parada - Dir. do Instituto Thomaz Perina e sobrinho do artista" no meio do texto que fala sobre o Bloco do Bob.

Então, se o texto inicia com 6 parágrafos sobre o "Nem Sangue...", segue com 4 parágrafos sobre o "Bloco do Bob" e termina com 2 sobre o "Boteco São Bento" e ainda mostra um grande olho sobre o "Nem Sangue..." por que na matéria só tem foto do bloco do cão, do boteco e do túnel e não tem foto do "Nem Sangue..."? simples: o o editor não sabe nada de edição ou o viés foi de incompetência, má fé, ou interesse comercial...

Bem, tudo isto sob os olhos atentos de quatro editores; Adriana Villar, Claudio Liza Junior, Jorge Massarolo e Ricardo Alécio ou seja nesta minguada edição de segunda-feira são apenas 7 páginas para 4 editores...

Como gritava eleder Bittencourt no "Nem Sanguem..." alegria é coisa séria eu grito aqui: edição é coisa séria!