quinta-feira, 14 de outubro de 2010

CORREIO POPULAR ANUNCIA DEGUSTAÇÃO DE CAMA

CAMA MASSAGEADORA E APARELHOS DE INFRAVERMELHO PODEM SER DEGUSTADOS

O texto foi produzido especialmente para a Agência Anhanguera por Fábio Trindade. Está na coluna "Giro pela cidade", na página A11 da edição de hoje do Correio Popular.
"DE GRAÇA - Oferta de massagem gratuita intriga vizinhança no centro - Em um local pouco visível, de fachada discreta e apenas uma porta aberta, um grupo de seis moças está "capturando" homens e mulheres que passam pela rua Barão de Jaguara no centro de Campinas, para fazerem massagens gratuitamente.
uma empresa coreana montoum um showroom de degustação dos seus dois produtos, uma cama termomassageadora e um módulo compacto com dois projetores de raios infravermelhos com o intuito de demonstrar os equipamentos que podem custar até R$ 9,7 mil... A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) informou que os produtos estão aprovados para a venda."


Que o repórter não saiba o significado do verbo degustar é um absurdo mas não chega a tanto quanto o editor deixar passar a aberração. Podemos dizer que ele não comeu bola, comeu cama termomassageadora. E olha que são 6 editores: Adriana Vilar, Claudio Liza Junior, Jorge Massarolo, Marcia Marcon, Ricardo Alécio e Ricardo Brandt.
Eles devem ter dividido a degustação da cama termomassageadora e do módulo compacto com dois projetores de infravermelho e aí ficou fácil...rs

MAIS UMA DA EDIÇÃO DE HOJE
A matéria está na página A4 da Editoria de Cidades (a mesma dos seis editores acima) e vem sob a rubrica "VIOLÊNCIA/OUSADIA - Ladrões roubam empresário em subsolo de banco". Ah, voce quer saber qual é o Banco? Então leia quase todo o confuso texto de Natan Dias para descobrir que foi no Itaú. Mas não pense que vai saber em que agência não, ele não diz. Mas como?
Pois é há uma regra em técnicas de redação jornalística para organizar o texto de forma a facilitar a vida do leitor. Tá bom, talvez o pobre repórter não saiba dela, mas os seis ediotres tem obrigação de saber: QUE, QUEM, QUANDO, ONDE E POR QUE são questões que devem estar respondidas já no primeiro parágrafo.
Mas se sabem disso então porque não aplicam a regra que aprenderam na escola? Porque o patrão não deixa. No caso específico a matéria envolve dois fortes anunciantes, Itaú e Extra Supermecados e estas instituições não gostam de ver seus nomes em matérias jornalísticas que possam denegrir a sua imagem.
Assim, a ordem é esconder ao máximo o nome delas e os repórteres e editores cumprem a ordem (ao invés da regra) à risca, caso contrário vão aplicar a regra no olho da rua.

OS SALÁRIOS DOS JORNALISTAS:
RESQUICIOS DE DINHEIRO DO CRIME E DA PROSTITUIÇÃO

Caramba... Isto é verdade mesmo? É. ainda que possa ser de forma infinitamente pequena, os salários dos jornalistas da RAC - Rede Anhanguera de Comunicação, também conhecida como Ruim Antes de Cristo, tem origem em esquema criminoso de venda de diplomas que o Correio Popular divulga através de anúncios classificados da mesma forma como faz com anuncios classificados de prostituição publicados como ACOMPANHANTES/RELAX.
No caso dos diplomas cujo anúncio continua sendo publicado pelo Correio Popular, foi a própria equipe de jornalismo da casa quem denunciou o "esquema criminoso" assim identificado na matéria.
No caso dos anúncios de prostituição a coisa é tão escancarada que ninguém mais liga. Expressões do tipo "apertadinha", "cheirosinha", "adoro oral", faço tudo sem frescura", "peitão", "bumbum grande", "deliciosa-18 anos" permeiam os anúncios pagos cuja grana vai para o caixa geral da empresa e depois é transformado em pagamentos, inclusive salários de jornalistas.

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