Uma mensagem eletrônica enviada à imprensa, no dia 19 de outubro, pela assessoria de imprensa da Camâra Campinas inclui a RAC - Rede Anhanguera de Comunicação, como fornecedora de notícias de Cidade e Esportes através do portal Cosmo e o portal UOL, fornecendo nodtícias de Mundo e Entretenimento, como beneficiários (sem licitação) da TV Saúde implementada pelo secretário Francisco Lagos, da Comunicação da Prefeitura. O projeto foi desenvolvido pela produtora TV 4 News, que tem como diretora Juliana Chagas, filha do secretário.
Esperamos que o MInistério Público apure també, além da produtora TV4News, a RAC e o UOL como envolvidos irregularmente no projeto TV Saúde e TV Emprego.
Segue a íntegra da mensagem enviada pela Assessoria de Imprensa da Câmara.
----- Original Message -----
From: "Carla - Imprensa"
To:
Sent: Monday, October 19, 2009 2:59 PM
Subject: Confecom: Campinas terá canal oficial demídia digital
O coordenador de Comunicação da Prefeitura de Campinas, Francisco de
Lagos, anunciou neste sábado (17/10) - durante a 1ª Conferência
Municipal de Comunicação (Confecom) realizada na Câmara de Vereadores –
a implantação na cidade de um sistema oficial de mídia digital. O
sistema terá dois canais: um será chamado de TV Saúde e vai operar em
todos os hospitais públicos; Centros e Postos de Saúde. O outro será o
TV Emprego – a ser instalado em terminais de ônibus. De acordo com
Lagos, o sistema terá qualidade de som e imagem da TV Digital e será
apresentado oficialmente ao Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, no
dia 23 de outubro. Neste dia, o ministro estará em Campinas para
assinatura de acordos entre a Prefeitura e o governo federal.
Em cada um dos 64 postos e centros de saúde de Campinas, além dos
hospitais públicos, haverá um aparelho de TV Digital de 40 polegadas,
que transmitirá – durante todo o período de funcionamento da unidade -
reportagens e informações relacionadas ao serviço municipal de saúde. A
programação contará ainda com informações produzidas pelo Cosmo – o
portal da Rede Anhanguera de Comunicações (RAC) na internet – que
fornecerá noticias de Cidades e Esportes. As informações sobre Mundo e
Entretenimento serão fornecidas pelo UOL. De acordo com Lagos, o
material oficial, relacionado aos serviços de saúde, terá a orientação
de especialistas e monitoramento do Conselho Municipal de Saúde.
A TV Emprego vai funcionar nos terminais de ônibus num sistema idêntico.
De acordo com Lagos, além do que for produzido pela RAC e UOL, a TV
Emprego vai oferecer conteúdo relacionado a direitos do trabalhadores;
informações sobre vagas de emprego, cursos de requalificação. Além dos
terminais, o programa prevê a instalação de totens no Largo do Rosário,
onde as pessoas poderão consultar sobre vagas de emprego.
“É importante frisar que não haverá custos para a Administração. O
projeto foi uma parceria com a iniciativa privada e não haverá nenhum
tipo de gasto para a Prefeitura”, disse Francisco de Lagos. O
coordenador informou ainda que será possível a exploração do espaço para
publicidade.
Durante os debates da Confecom, Lagos defendeu a implantação de uma TV
Pública no Município. A cidade detém hoje a concessão de um sinal de
rádio (Rádio Educativa), mas não dispõe de uma emissora de televisão –
seja em canal aberto ou fechado. As reuniões ordinárias, audiências e
eventos realizados pela Câmara de Vereadores são transmitidas pelo Canal
4 da Net, mas o Legislativo usa sinal emitido por uma concessão da
Assembleia Legislativa. “Eu sou favorável a um canal público, mas é
preciso que se tenha segurança que o equipamento será usado para a
prestação de serviços à população”, disse.
CONFECOM – Os debates da Conferência foram abertos na manhã deste
ABERTURA sábado. Formado em rádio e televisão pela Universidade de São
Paulo e com mestrado em Regulação e Políticas de Comunicação pela London
Scholl of Economics and Political Science, de Londres, o jornalista João
Brant falou sobre o marcos regulatórios. Disse que a democratização não
está, necessariamente, na implantação do marco regulatório, mas no ato
de fazer a comunicação. “O marco deve apenas abrir a possibilidade para
que todos os segmentos da sociedade consigam os meios para fazer a
comunicação”, disse.
A jornalista Renata Mielli, membro da Associação Vermelho, editora das
revistas Movimento e Presença da Mulher, falou sobre Controle Social e
Público da comunicação. “A comunicação é um direito e a sociedade tem o
dever de exercer o controle sobre ela”, disse Renata.
O engenheiro Alexandre Freire da Silva Osório, pesquisador em temas como
a inclusão digital disse que a tecnologia tem de servir aos anseios da
população” e não para ampliar a divisão existente hoje no País.
O professor e jornalista Luiz Roberto Saviani Rey, falou sobre
Comunicação Pública e defendeu uma relação de honestidade entre órgãos
oficiais e os profissionais de mídia. “Não faz parte das atribuições da
comunicação oficial reter ou dirigir informações”, advertiu.
Gestor do Núcleo de Rede Brasil Atual, Paulo Salvador, disse que a
sociedade precisa buscar formas alterantivas de comunicação. "Não
queremos repetir os erros da grande imprensa. Precisamos estabelecer uma
relação de direitos humanos com a sociedade e criar uma midia cidadã",
afirmou.
O jornalista Nelson Homem de Mello, diretor editorial da RAC, falou a
transformação pela qual o mercado de jornais vem passando, desde o
crescimento dos chamados jornais populares.
ABERTURA - A Confecom foi aberta na noite da sexta-feira (16/10), pelo
jornalista Caco Barcellos, da Rede Globo de Televisão. Para uma plateia
de aproximadamente 250 pessoas, o jornalista, que se notabilizou por
reportagens investigativas, criticou a postura da imprensa e dos
jornalistas. Segundo ele, a imprensa brasileira, de uma maneira geral,
ignora as pautas que surgem nas ruas.
A Conferência de Comunicação tem por objetivo debater o papel da
comunicação existente hoje no País e serve como uma preparação para a
Conferência Nacional, marcada para Brasília, para o período de 14 a 17
de dezembro. Antes, haverá uma conferência estadual, prevista para
meados de novembro em São Paulo.
A comissão organizadora da Conferência em Campinas é composta por
representantes da sociedade civil, da iniciativa privada e do poder
público. Foram discutidos cinco grandes temas: Marcos Regulatórios;
Controle Social e Público; Novas Tecnologias; Comunicação Municipal e
Comunicação Popular. Depois de uma manhã de debates, os grupos temáticos
se reuniram à tarde para discussões específicas. No final, haverá
votação de uma pauta única a ser levada para a Conferência Estadual.
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